O Partido Socialista Português foi fundado em 1875 depois de um conturbado período prévio durante o qual o núcleo inicial (Fraternidade Operária) nasceu vinculado ao bakuninismo. Rapidamente reorientado para o marxismo, permaneceu nas organizações socialistas da Primeira e da Segunda Internacional. Os sistemas políticos da Ditadura Militar e do Estado Novo dificultaram a sua sobrevivência, sendo substituído por uma nova organização surgida em 1964.
D. Maria Constança da Câmara (1801-1860), sétima marquesa de Fronteira por casamento, foi uma aristocrata portuguesa de percurso biográfico praticamente desconhecido até à recente publicação do seu diário. Antes disso, as poucas referências existentes reportavam-se às memórias do seu marido e à biografia laudatória publicada após a sua morte. Filha, irmã e mulher de aderentes à causa liberal, tais laços familiares levaram-na a emigrar, nas décadas de 1820 e início de 1830, para diversos reinos europeus, permitindo-lhe o contacto com diferentes nações, culturas, aristocracias e artistas, o que lhe deu uma dimensão transnacional, comum a outros portugueses emigrados neste período.