Esta entrada analisa o envolvimento de Portugal na extração de diamantes, designadamente em Angola durante o século XX. Discute a fundação da DIAMANG, empresa colonial de mineração com sede em Lisboa, mas na prática transnacional, uma vez que dependia da gestão, do financiamento e da experiência no terreno de uma série de atores localizados nos EUA, na Bélgica, na África do Sul e na Grã-Bretanha.
Este texto examina a trajetória do turismo em Portugal, enfatizando sua conexão com processos transnacionais. Sugere-se que uma leitura conectada da história do turismo em Portugal tenha como objetivo analisar como, ao longo do último século e em função dos diferentes contextos políticos ou económicos, os atores nacionais encararam ou refletiram sobre a dimensão transnacional do fenómeno turístico.
A trajetória intelectual do historiador João Lúcio de Azevedo (1855-1933) – incluindo a memorialística que continua até os dias de hoje, quase 100 anos após seu falecimento – é marcada por constantes conexões transnacionais. As trocas que Azevedo estabeleceu com intelectuais portugueses, brasileiros e de outras origens fizeram dele um elemento ímpar de articulação e promoção da produção do conhecimento histórico nas primeiras décadas do século XX, especialmente no Brasil e em Portugal. Nesse sentido, merece destaque a dimensão pragmática e material de sua atuação, que facilitava a circulação de livros e documentos entre os dois países – um aspecto decisivo para que as pesquisas históricas fossem possíveis naquele contexto. Contudo, mais importante do ponto de vista epistemológico, foi a elaboração e o desenvolvimento da "teoria dos ciclos", iniciada pelo historiador e continuada por diversos intelectuais subsequentes, pautando o pensamento econômico brasileiro do século XX.